Para abrir mercado para a concorrência e, ao mesmo tempo, fazer caixa para reduzir o endividamento da empresa, a Petrobras promoveu nos últimos anos um amplo programa de desinvestimento.
No plano, estava prevista a venda de oito das 13 refinarias da empresa, das quais três foram repassadas à iniciativa privada.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, pretende não apenas interromper o processo como revertê-lo em certa medida, com o objetivo de resgatar a capacidade de refino da estatal. Os primeiros passos nesse sentido já começaram a ser dados.
A retomada do investimento em refinarias no Brasil – uma marca das gestões petistas anteriores, que gerou gastos bilionários e teve irregularidades expostas pela Operação Lava Jato e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) – foi um compromisso assumido por Lula ainda durante a campanha eleitoral.
No plano de governo protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o então candidato do PT defendia uma nova política de preços de combustíveis e de gás de cozinha que estivesse alinhada a um aumento na produção de derivados de petróleo no país.
No relatório final do gabinete de transição governamental, apresentado em dezembro do ano passado, a venda de refinarias foi criticada por reduzir o espaço de atuação estatal.
A atual política de preços, conhecida pela sigla PPI (de preço de paridade de importação) atrela o valor dos derivados que saem das refinarias da Petrobras à cotação internacional do petróleo e a custos de logística que importadores precisam bancar.
Com informações da Gazeta do Povo