Por Karina Michelin

Xi Jinping finalmente conseguiu completar sua façanha pessoal e se tornar imperador da China. Depois de ter sido nomeado pela terceira vez para chefiar o Partido Comunista da China (título que mais importa do que qualquer outro), foi ontem, consequentemente, novamente eleito presidente da República Popular, cargo que passou a exercer vitaliciamente.

Nem mesmo Mao Zedong teve tanto poder por tanto tempo.

O Congresso Nacional do “Povo”, que de povo só existe no nome, coroou Xi com 2.952 votos a favor e NENHUM contra, através desta votação podemos observar a hegemonia absoluta de poder.

Xi Jinping tournou-se o único e absoluto ditador da China, abolindo completamente uma época de liderança coletiva, e junto com ela o limite de dois mandatos para cada líder, que caracterizava o Partido Comunista desde a morte de Mao Tsé-Tung.

Xi não é apenas secretário do partido e presidente da China. Ele também é chefe da Comissão Militar Central, que é obedecida pelo exército de libertação de 2 milhões de pessoas e, acima de tudo, goza da lealdade absoluta dos demais membros do Comitê Permanente do Politburo, aos quais foram confiadas todas as tarefas mais importantes.

Nas últimas décadas, os cargos-chave do Estado e do partido foram distribuídos entre membros de diferentes facções. Hoje essas facções não existem mais: apenas uma permanece atribuída ao próprio Xi.

Xi foi o primeiro a controlar ao mesmo tempo o fuzil, a faca e a caneta: ou seja, o exército, a polícia e a propaganda. Se antes para escalar o ponto mais alto do poder era necessário demonstrar habilidade, astúcia e um digno pedigree revolucionário, agora a única qualidade exigida é a lealdade absoluta ao imperador.

Os regimes ditatoriais usam o nome “povo”, somente para ludibriar a massa, a verdade é que o povo não possui nenhum papel importante na sociedade a não ser fazer parte de uma massa de escravos, chicoteados e abusados psicologicamente pelo seu Imperador absoluto – no qual eles devem reverência. Essa é a Nova Ordem Mundial.