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Desprivatização da Eletrobras - Insegurança e retrocesso
Economia
Publicado em 23/05/2023

Célio Yano/Gazeta do Povo

No mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando dispositivos da lei que autorizou a privatização da Eletrobras, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, afirmou que a posição do partido é pela retomada da empresa "como ela era".

A Eletrobras deixou de ser controlada pela União em junho de 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL). Crítico da iniciativa, Lula venceu a eleição quatro meses depois, prometendo rever o processo de privatização e defendendo uma retomada do protagonismo que as estatais tiveram nos governos do PT.

“Não temos condição de fazer desenvolvimento no Brasil sem uma empresa como a Eletrobras controlada pelo Estado brasileiro”, disse Gleisi ao "Valor Econômico".

Responsável por 23% da capacidade de geração de energia do país, a companhia deixou de ter controle estatal após um histórico de prejuízos, ineficiência e episódios de corrupção nos governos petistas anteriores.

A possibilidade de volta da Eletrobras a condição de “como ela era” já fez com que as ações ordinárias da empresa caíssem quase 30% desde a eleição de Lula.

“Na época da capitalização da Eletrobras, os investidores enxergaram o potencial do papel com uma gestão mais eficiente, sem o controle do governo”, diz o economista Bruno Monsanto, sócio da RJ+ Investimentos.

“A ação também foi precificada com esse horizonte. Agora, o governo quer aumentar seu poder de voto e influência na empresa, podendo novamente indicar conselheiros e diretores.”

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