Wesley Oliveira/Gazeta do Povo
Apesar do discurso internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou de lado a pauta ambiental na tentativa de ampliar o seu apoio dentro do Congresso Nacional.
Com isso, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, viu sua pasta ser esvaziada pelo Legislativo com apoio da articulação do Palácio do Planalto.
No centro da crise do Ibama com a Petrobras sobre a discussão de exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas, Marina sofreu uma série de derrotas nesta semana no Congresso Nacional - com aval da base de Lula.
A primeira delas ocorreu por meio da votação da Medida Provisória que trata da reestruturação da Esplanada dos Ministérios pela comissão mista, onde o relator da matéria, o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), esvaziou as funções da pasta.
A ministra do Meio Ambiente perdeu, por exemplo, as funções do Cadastro Ambiental Rural (CAR), responsável por controlar terras privadas e conflitos em áreas de preservação. O relator propôs que essa função fique sobre o guarda-chuva do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
O relatório da MP também prevê a transferência da gestão da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.