Silvio Ribas/Gazeta do Povo
Os movimentos sociais que organizam manifestações populares em todo o país no dia 4 de junho apostam na mobilização pelas redes sociais e em adesões de mais entidades da sociedade civil.
Sob o slogan de liberdade, democracia e justiça, os coordenadores esperam realizar protestos pacíficos contra a cassação do deputado Deltan Dallagnol (Podemos - PR) em praças e ruas das 27 capitais brasileiras, bem como em dezenas de cidades do interior.
A iniciativa surgiu como reação à cassação do deputado Dallagnol pela unanimidade dos sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 16 de maio, vista como episódio mais evidente da escalada de abusos contra a democracia.
O grupo, inicialmente formado pelas ONGs Ranking dos Políticos, Fora Corruptos, Grita, Olho no Congresso Brasil, Vem Pra Rua, MBL, Curitiba Contra Corrupção e Mude se ampliou desde a convocação do evento nacional no último dia 24, no Congresso, com a participação de Dallagnol e outros 20 parlamentares da oposição.
O objetivo é reeditar protestos em escala nacional, semelhantes aos ocorridos em 2013. “Estaremos nas ruas, lutando dentro da lei, de forma ordenada e legítima, levantando nossa voz por justiça, liberdade e democracia”, afirmou o deputado cassado na ocasião.
Mas os protestos podem sofrer dissidências de apoiadores da direita. Na última quinta-feira (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu para que as pessoas foquem sua atenção na CPMI e não nos protestos de rua. Bolsonaro falou durante o Encontro Nacional dos Presidentes do PL.
A declaração ocorreu no momento em que o Movimento Brasil Livre (MBL) - que havia se posicionado contra o ex-presidente no ano passado - tentava ganhar protagonismo na organização dos protestos.