Por Gabriele Bonat/Gazeta do Povo
O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou neste domingo (4), durante ato em Curitiba, que vai "lutar até o fim" para reverter a decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que anulou o registro de sua candidatura. Sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-procurador da Lava Jato afirmou que "não quer viver em um país que tem um corrupto na Presidência".
"Eu não quero viver num país que tem um corrupto na presidência e que quem combate a corrupção corre risco de ir para a cadeia. Eu não quero viver num país em que um amigo do presidente é colocado no Supremo Tribunal Federal. Não por suas qualidades, mas por fidelidade", disse Deltan em referência a indicação de Cristiano Zanin para o STF, advogado que atuou nos processo de Lula na Lava Jato.
Ainda de acordo com Deltan Dallagnol, o ato em Curitiba "encheu seu coração de esperança" para ele lutar para manter o seu mandato na Câmara dos Deputados.
"Eu vou lutar até o fim por esses 344.917 votos que vocês me deram para ser a voz de vocês. Me aperta o coração o fato de tanta gente boa, tanta gente honesta, tanta gente competente está ficando órfã de representatividade no Congresso Nacional", completou Dallangol.
"Eu não sei o que você vai fazer, mas eu vou dizer o que eu vou fazer: eu vou lutar eu vou lutar até o fim. Várias pessoas ao longo da Lava Jato me pediram: 'não desista nós precisamos de pessoas como você'. Agora sou eu que quero pedir para vocês: não desistam!", disse.
Ele pediu para que seus apoiadores busquem a Mesa Diretora da Câmara para que a decisão do TSE seja revista pelos deputados. Apesar da decisão da Corte, cabe à Mesa dar a última palavra sobre o mandato de Dallagnol.
Na semana passada, o ex-procurador da Lava Jato entregou sua defesa à Corregedoria da Casa, junto com a assinatura de apoio de 116 deputados federais. Caberá à corregedoria elaborar um parecer a ser votado pela Mesa Diretora