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Justiça canhota - Incentivo ao denuncismo
Política Nacional
Publicado em 12/06/2023

O Supremo Tribunal Federal (STF) está incentivando denúncias contra cidadãos e parlamentares usando como pretexto a necessidade de proteger os membros da Corte e as instituições do Estado.

 

A tendência se intensificou após os atos do 8 de janeiro e se manifesta em postagens nas redes sociais e na inclusão apressada de novos investigados nos inquéritos do Supremo a partir de denúncias.

Em 19 de maio, o STF fez um tuíte incentivando usuários a denunciar publicações com "conteúdos distorcidos ou mentirosos" sobre a Corte.

 

"Espalhe a informação correta! Não compartilhe conteúdos distorcidos ou mentirosos sobre o STF. Se você receber algum conteúdo falso, envie para o programa de Combate à Desinformação do Supremo, para a divulgação da informação verdadeira", dizia a postagem, que foi apagada alguns dias depois.

Nos últimos meses, o Supremo também virou uma espécie de ouvidoria de políticos: multiplicaram-se pedidos de inclusão de adversários nas investigações conduzidas pelo tribunal. Inquéritos como o das fake news e o dos atos do 8 de janeiro viraram um repositório de revanchismo entre políticos.

O vereador de São Paulo Fernando Holiday (Republicanos), por exemplo, passou a ser investigado como possível incitador dos atos de 8 de janeiro após decisão de março do ministro Alexandre de Moraes, atendendo a pedidos da bancada feminista da Câmara Municipal, que conta com parlamentares do PSOL oponentes de Holiday.

 

No dia seguinte aos ataques em Brasília, PT e PSOL também haviam pedido a investigação de deputados adversários.

 

Fonte: Gazeta do Povo

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