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A vez de Moro - A vingança continua
Política Nacional
Publicado em 15/06/2023

É muito constrangedor para um ninho de corruptos, como é o Congresso Nacional, ter entre os seus integrantes alguém que conhece profundamente as leis, que sabe de todos os podres de cada um e que ainda se recusa a entrar no jogo do toma lá da cá que move a maioria das decisões da casa.

Não deve ter sido fácil, por exemplo, para uma Gleise Hoffmann ou para uma Maria do Rosário, que estiveram na lista de propinas da Odebrecht, olharem para o lado e enxergarem o ex-promotor Deltan Dallangnol.

Da mesma forma, no Senado, a presença de Sérgio Moro deve provocar calafrios em fuguras reconhecidamente corruptas como Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues e Omar Aziz.

O sistema não vai descansar enquanto não tirar do jogo todas essas figuras que eles consideram uma ameaça ao livre exercício da malandragem institucionalizada.

Sérgio Moro é o próximo da lista. O processo que pode levar a cassação do mandato dele já está caminhando no TRE.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) uniu duas ações protocoladas pelo PL e pelo PT contra o senador Sergio Moro (União Brasil) que tramitavam separadamente e que podem levar à cassação do parlamentar.

Os processos foram ajuizados pelos partidos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em abril deste ano.

Na decisão apresentada nesta terça (13), o desembargador Mario Helton Jorge diz que as duas representações apresentam os mesmos argumentos e motivos para a cassação do senador, questionando os gastos de Moro durante a pré-campanha nas eleições de 2022.

Na época, o parlamentar se apresentava como pré-candidato à presidência da República e teria se beneficiado da verba ao cargo para concorrer ao Senado.

O magistrado aceitou, ainda, pedidos de informações aos diretórios estadual e nacional do Podemos, partido a que Moro era filiado na época, e ao União Brasil, em que concorreu ao cargo de senador pelo Paraná.

Para Mario Helton Jorge, houve uma captação de recursos e gastos ilícitos, abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e gravidade dos fatos expostos. Além de Moro, as ações também miram os suplentes do parlamentar: Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra.

Fonte: Gazeta do Povo

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