Depois da Volkswagen foi a vez da GM anunciar a suspensão da produção de carros no Brasil por conta da retração no mercado.
O plano do governo de aumentar os incentivos fiscais às montadoras de veículos não surtiu o efeito desejado.
Mesmo com o despejo de cerca de R$ 500 milhões em benefícios para automóveis e comerciais leves, o resultado está aquém do esperado pelas fábricas.
O programa do governo para baratear carros e impulsionar as vendas tem passado longe da real necessidade do setor.
Até o momento, do valor total liberado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, cerca de R$ 420 milhões já foram utilizados.
Os descontos patrocinados pelos cofres públicos vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil, mas muitas empresas têm aplicado margens maiores por conta própria.
O economista Alan Ghani explicou que o setor reflete a situação da economia brasileira.
“Houve queda na demanda, que está ligada à indústria que tem tido maior dificuldade na recuperação econômica, em parte pelo alto nível da taxa de juros, ambiente inflacionário e pelos problemas estruturais da indústria, como impostos elevados e burocracia”.
De acordo com dados do Registro Nacional de Veículos Automotores, a média de junho até o último dia 19 é de 6,2 mil unidades vendidas por dia.
O número, que inclui veículos leves e pesados, indica uma diminuição de 20%, na comparação com o mesmo período de maio.
Fonte: Revista Oeste