Ao lado de instituições como o Congresso Nacional, o Ministério Público e o STF, que já não contam faz tempo com a confiança da maior parte do povo brasileiro, as Forças Armadas, principalmente o Exército, cairam em total descrédito depois que um presidiário, libertado em uma manobra jurídica, assumiu a Presidência da República e se tornou o comandande maior das forças militares do país.
A Marinha talvez seja a única das Forças Armadas nacionais que ainda mantém o prestígio, em grande parte pela posição corajosa e digna do Almirante Garnier, que se recusou a participar de cerimônias oficiais ao lado de criminosos que usurparam o poder.
Basta dar uma olhada nos comentários nas redes sociais do Exército para perceber que a corporação, antes uma das mais respeitadas do país, caiu em desgraça e dificilmente irá reerguer a sua imagem, a não ser que algo muito significativo ocorra para reverter o mal que foi feito.
Nesse período, inocentes foram parar na cadeia, gente que estava somente rezando por liberdade nas portas dos quartéis, com a conivência e até a colaboração de oficiais de alta patente.
O novo comando militar, empossado pelo presidente ex-presidiário, é nitidadmente uma cúpula de serviçais com alto grau de submissão, que faz questão de proferir discursos conciliadores, como se tudo estivesse dentro da mais absoluta normalidade em nosso país, ignorando que a nação brasileira fpoi sequestrada por uma imensa quadrilha que em os seus tentáculos muito bem estabelecidos em quase todas as esferas do poder.
Durante uma transmissão ao vivo realizada nesta quinta-feira, 20 de julho, o comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva (foto), afirmou que a população não deve se preocupar com o sistema democrático, e que é preciso tirar do imaginário das pessoas a percepção de ameaça ao Estado brasileiro após os ataque do 8 de laneiro
O general também enfatizou que a concepção de trabalho do Exército é baseada na Constituição:
“A questão maior é a seguinte. Se somos apartidários, isso significa que a população pode ficar tranquila, ela tem que ter a confiança. Hoje, a gente tem um mantra, nossa democracia foi preservada. Ela transpôs um obstáculo. O que a gente tem que tirar do imaginário das pessoas é uma percepção de ameaça. Essa percepção de ameaça não pode existir, porque a nossa concepção de trabalho é uma sujeição completa aos ditames constitucionais. Acho que isso está muito pacificado dentro do imaginário da própria força"