O novo decreto de armas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também trouxe impacto negativo para atletas e praticantes de tiro esportivo no Brasil. Ao limitar o acesso a armas e munições, a normativa inviabiliza o treino para competições nacionais e internacionais.
Pela normativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os praticantes de tiro, seja tiro prático ou olímpico, tinham direito a 60 armas, sendo 30 de calibre restrito; até 1 mil munições por arma de uso restrito por ano (30 mil por ano ao todo); cinco mil munições por arma de uso permitido por ano (150 mil por ano ao todo). Mas o texto assinado por Lula no dia 21 de julho estabelece restrições para atiradores e retoma a classificação de cada atirador em três níveis.
Para limitar o acesso a armas dos cidadãos, o decreto de Lula estabeleceu que armas cujo os canos liberem energia acima de 407 joules serão consideradas de uso restrito.
A limitação incluiu calibres utilizados na praticagem de tiro, como a 9 mm (629,81 joules), 38 Super (569,23 joules), .40 S&W (666,25 joules) e 45 ACP (755,15 joules). A quantidade de joules de cada arma foi definida na portaria 1.222/2019 do Ministério da Defesa.
Na visão de especialistas sobre o assunto, o governo inviabilizou o tiro desportivo no país. Competições que utilizam os calibres restritos podem ser prejudicadas e atletas ficam inviabilizados de desenvolverem seus treinos. A perda de competitividade em relação a outros países também é inevitável no atual cenário.
Fonte: Gazeta do Povo