Segundo um levantamento divulgado em julho, a Bahia tem o segundo maior índice de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes do país, com 47,1 - atrás somente do Amapá ,que tem 50,6.
A Bahia é governada pelo PT desde 2006, e nos últimos anos a escalada da violência foi aumentando sem que nenhuma providência fosse tomada para reverter o quadro.
Soma-se a isso, o fato de que desde que o PT começou a governar o estado, ele passou a ocupar os últimos lugares no ranking de educação; ocupando atualmente a vigésima quarta posição.
Os resultados da má gestão não ficam por aí. A Bahia é também um dos nove estados da federação em que a maior parte da população é composta por pessoas em situação de pobreza, ou seja, vivem com renda mensal abaixo de R$ 665,02. Segundo o mesmo estudo, a Bahia tem 51,6% dos seus habitantes nessa situação crítica.
Além disso, Salvador é a segunda capital mais violenta do país, com 66 mortes violentas intencionais (MVI) a cada 100 mil habitantes, atrás apenas de Macapá (AP), com 70.
Para o especialista em segurança pública Leonardo Sant'Anna, esses dados sobre a Bahia apenas comprovam a falta de aplicação de recursos na segurança pública.
"A gente percebe que os investimentos feitos não permitem dizer que o estado se preocupou em desenhar algo de qualidade para a segurança pública", afirma.
Sant'Anna lista outras dificuldades que a segurança pública enfrenta na Bahia, como os baixos salários para os profissionais do setor, a falta de capacitação.
Ainda segundo o especialista, até mesmo a localização geográfica contribui para o quadro de descalabro na segurança pública no estado.
"Há uma grande extensão de área rural e rodoviária, o que gera dificuldades em exercer o patrulhamento nesse espaço". Isso explicaria o avanço territorial do crime organizado na Bahia nos últimos anos.
Alguns casos revelam a total inoperância das forças de segurança do estado, aumentando a sensação de impunidade e estimulando a bandidagem.
Vejam esse episódio que ocorreu recentemente em Vitória da Conquista com o dono de um canil, que foi vítima da ação de bandidos em plena praça pública:
- Eu fui fazer a entrega de dois filhotes para uma mulher, que ligou dizendo que estava interessada em adquirí-los. Durante a negociação ela arrancou o carro levando os cachorros, sem fazer o pagamento, que seria de 9 mil reais. As câmeras de segurança de um prédio próximo filmaram tudo. Nós descombrimos o endereço da mulher que aplicou o golpe através da placa do veículo, demos queixa na delegacia, apresentando as provas dentro do prazo do flagrante, e os policiais nem se mexeram para ir lá recuperar os cachorros - revela o empresário, que não quis se identificar com receio de represálias.
Tudo leva a crer que essa inoperância das forças policiais baianas, que cruzam os braços diante dos crimes, está encorajando a ação de novos meliantes.
Uma professora de inglês residente em Salvador, que também não quis se identificar, conta que foi assaltada em pleno meio dia, logo depois de ter estacionado o carro na garagem de casa.
- Eu moro nesse lugar há quase 50 anos e nunca imaginei que isso pudesse acontecer aqui. Ainda mais ao meio dia e com a rua movimentada. Esse sempre foi um bairro tranquilo e seguro - conta ainda muito asustada, depois dos bandidos levarem o carro dela e a ameaçarem com uma arma apontada para a cabeça.
O governo Federal, através do Ministério da Justiça, já enviou 168 milhões de reais para as ações de Segurança Pública coordenadas pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), que têm se mostrado totalmente ineficientes.
Os confrontos entre os policiais e os criminosos, já resultaram em quase 100 mortes. Agora, a exemplo do que acontece nos morros cariocas, os criminosos da Bahia estão armados com armas de grosso calibre, do tipo que nem as forças armadas possuem.
Longe de ter uma solução para o problema, a sensação de inseguranaça da população só aumenta, e pode ter consequências negativas em outros setores.
Agentes de turismo já percebem uma diminuição drástica no número de reservas nos hoteis para a alta estação que se aproxima, resultado da repercussão negativa da insegurança generalizada no estado.
A pergunta que todo o restante do Brasil tem feito e que continua sem resposta é: por que a maioria do povo baiano insiste em eleger os candidatos do PT a cada nova eleição?