Por Robson do Val
Até antes da pandemia ela era somente mais uma das médicas abnegadas que fazem da profissão de salvar vidas um sacerdócio, trabalhando na linha de frente do SUS e em outras frentes do serviço público de saúde, do qual depende a maior parte da população mais pobre do nosso país.
Quando chegou a pandemia, no entanto, a vida dela, que já era agitada por conta dos inúmeros plantões e madrugadas sem dormir, se tornou ainda mais desafiadora.
Um verdadeiro turbilhão de acontecimentos obrigou a Dra. Raíssa a tomar decisões importantes em um curto espaço de tempo.
O dilema enfrentado por ela foi o mesmo que quase todos nós enfrentamos em algum momento de nossas vidas: fico em paz com a plateia ou com a minha consciência?
Ao optar por não abrir mão dos seus princípios e valores mais sagrados, a médica que servia ao município de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, viu o mundo quase inteiro se voltar contra ela.
Em uma conversa com a reportagem do Portal Aliança BR, ela contou detalhes dessa batalha de dimensões épicas que teve que enfrentar, em que chegou a estar ameaçada, inclusive, de ser banida da cidade onde trabalhava.
- Quando eu comecei a testar o tratamento alternativo, com a minha prática de muito tempo trabalhando na saúde pública, eu logo percebi que ele dava certo. Atendi inicilamente cerca de quinhentas pessoas e consegui salvar todas elas. Isso era um índice de sucesso do tratamento bem maior do que a média nacional - revelou a médica.
Mas assim que o tratamento aplicado pela Dra. Raíssa começou a chamar a atenção, logo começaram a sugir os primeiros adversários, todos igualmente suspeitos e mal intencionados.
Era o laboratório das vacinas que não queria concorrência de medicamentos baratos, eram a midia e os líderes políticos já corrompidos pelas grandes farmacêuticas, e até os próprios colegas médicos, que por adesão ao sistema ou por medo de enfrentá-lo, viraram as costas pra ela e lavaram as mãos pensando só em preservar a si mesmos.
Foi justamente nesse momento mais crítico, quando se sentiu totalmente isolada e ameaçada, que veio a necessidade da grande decisão:
- Quando eu percebi que estava contra o sistema eu resolvi quebrá-lo em função de salvar vidas - explicou.
A resistência maior, no entanto, veio quando ela gravou um vídeo direcionado a Jair Bolsonaro, então presidente da República, solicitando que ele enviasse para Porto Seguro, os medicamentos que estavam sendo demonizados pela mídia corrrupta e que ela comprovara na prática que tinham efeito benéfico.
O caso ganhou projeção nacional e ela não teve mais sossego a partir daí.
Ataques na mídia contra a reputação profissional, processos, ameaças de cancelamento da licença para atuar na medicina, tudo isso veio de uma vez só, e, mesmo assim, ela não desistiu.
- Depois que eu resolvi atravessar o sistema, encontrei outros profissionais que pensavam como eu e foi isso que me deu suporte para continuar - contou - Tentaram me destruir de todas as formas - acrescentou.
Hoje, já superado o olho do furacão da pandemia, Dra. Raíssa continua, corajosamente, mantendo a mesma posição. Ela disse à nossa reportagem que os boicotes e as perseguições continuam acontecendo.
No meio desses conflitos a Dra. Raíssa se candidatou ao senado e teve mais de 1 milhão de votos dos eleitores baianos; em uma campanha modesta, realizada com pouquísimos recursos, ficando em terceiro lugar na disputa contra os caciques locais que tinham a máquina pública nas mãos.
A grande aceitação popular da candidatura dela, revelou o grande número de pessoas insatisfeitas com os rumos tomados pelas autoridades no combate à pandemia.
- A política para mim acabou sendo uma questão de sobrevivência. Se o grupo que está no governo do estado e do país hoje, tivesse ganho a eleição em Porto seguro, eu já teria sido banida da cidade - avaliou Dra. Raíssa.
A nossa conversa com a Dra. Raíssa abordou outros temas além da saúde, como valores da família, religião, atuação política, que vamos divulgar ao longo dos próximos dias.
Queremos fazer chegar aos nossos leitores, o valor que representa um ser humano que tem a coragem de levar a luz onde só há trevas, enfrentando corajosamente todos os riscos que isso representa.
Somos da opinião de que o nosso Brasil precisa de mais "Raíssas" para que possa encontrar o seu verdadeiro caminho.
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