O Brasil está a caminho de conquistar mais um título, e este não é nada glorioso: o de ter a maior taxa de imposto do mundo.
Este ‘prêmio’ foi praticamente assegurado após as reuniões realizadas na quinta-feira, 2, entre o governo e os senadores.
Essa liderança será alcançada com a alíquota de 27,5% do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que foi calculada após as últimas concessões feitas pelo Senado a setores que obtiveram benefícios na reforma tributária. A votação da reforma tributária está prevista esta semana no Senado.
Com esse aumento, o Brasil se tornará o líder isolado no ranking da OCDE, que monitora as diferentes alíquotas do IVA em todo o mundo.
Quando o texto foi aprovado na Câmara, a equipe econômica estimava uma alíquota de 27%.
Essa alíquota é exatamente a mesma paga pelos consumidores na Hungria, o país que atualmente possui o maior tributo desse tipo entre as nações acompanhadas pela OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
O patamar previsto para o Brasil é significativamente mais alto do que o observado em países em desenvolvimento.
Entre os países grandes e próximos à nossa realidade, o Paraguai possui a menor alíquota, que é de 10%. A Bolívia e a China aplicam um IVA de 13%. Já o México, o Peru e a Venezuela têm uma alíquota de 16%.
A alíquota sobe para 19% no Chile e na Colômbia. A Argentina tem a maior alíquota entre os países vizinhos, com 21%, o mesmo nível da Espanha, de acordo com a OCDE.
Fonte: Conexão Política