Adversidades não faltaram: recessão, greve de caminhoneiros, pandemia de Covid-19, quebra de safra, guerra na Ucrânia.
Isso sem falar na demonização do setor pelos membros do atual governo, que considera os representantes do agro como inimigos políticos e tentam desacreditar o segmento junto à sociedade.
Até a prova do ENEM já foi utilizada este ano como ferramenta para desconstruir a imagem do agronegócio, com a inclusão de qustões que insinuavam que o agro utiliza métodos prejudiciais para atingir os excelentes resultados que alcança.
Há ainda o apoio declarado do governo à organização criminosa do MST, que recebe até cargos públicos e verbas governamentais, para invadir terras produtivas e ameaçar a segurança de quem trabalha dura e honestamente.
Mesmo assim, o mercado do trabalho formal do agronegócio – que abrange a produção no campo e na agroindústria – aumentou e passou a pagar salários maiores.
Segundo levantamento realizado pelo Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV) com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor criou 366,3 mil empregos com carteira assinada entre os segundos trimestres de 2016 e 2023, o que corresponde a uma expansão de quase 7%.
A remuneração média mensal cresceu 12,6% em termos reais, já descontada a inflação, passando de R$ 1.793,69 para R$ 2.018,99.
É quase o triplo do crescimento da remuneração média de todas as ocupações, que avançou apenas 4,3%.
O FGV Agro observa que essa tendência resultou na redução da disparidade salarial entre o agronegócio e a média de todos os setores da economia.
Em 2016, os trabalhadores do agronegócio recebiam 66% da média salarial nacional. Em 2023, essa proporção aumentou para 71,2%.
Fonte: Gazeta do Povo