Quem sai de carro de Vitória da Conquista, viajando em qualquer direção, já deve ter percebido que, a medida que vai se afastando do município, os preços do combustíveis vão ficando mais baixos.
Da mesma forma, quem abastece o veículo nos postos de dentro da cidade, percebe logo que há uma variação muito pequena de preços entre um posto e outro, que geralmente não ultrapassa a casa dos 5 centavos.
Só para se ter uma ideia, um litro de etanol pode ser encontrado até por R$ 3,80 em algumas cidades menores do que Vitória da Conquista e com acesso mais difícil para os distribuidores, como são os casos de Contendas do Sincorá e de Maracás,
O mesmo etanol, dificilmente é vendido nos postos conquistenses por menos de R$ 4,90 o litro. Uma diferença superior a 1 real por litro, que no final das contas, para quem vai encher o tanque, faz uma grande diferença.
Depois de muito tempo dessa prática estranha e injustificável por parte dos postos de Vitória da Conquista, algumas entidades locais finalmente começaram a se mobilizar para investigar o que está acontecendo nos bastidores.
Uma sessão na OAB do município, foi realizada para discutir a hipótese de formação de cartel entre os donos de postos.
O Promotor de Justiça de Vitória da Conquista, Dr. George Elias, explicou o conceito de cartel:
“É uma prática que eleva o patamar de preços, prejudicando diretamente consumidor, que acaba pagando um preço formado artificialmente, em lugar do preço que deveria surgir da livre concorrência.”
A prática do cartel é ilegal e é realizada em várias cidades do país, principalmente no comércio de combustíveis.
Em algumas cidades os órgão de defesa do consumidor estão atentos e tomam providências rápidas e efetivas para punir os responsáveis.
Resta saber se em Vitória da Conquista haverá essa agilidade na solução.