Um ato por justiça pela morte do empresário Cleriston Pereira da Cunha, mais conhecido como Clezão, foi realizado nesta quarta-feira (22) na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Clezão estava preso na Papuda, por suposta participação nos atos do dia 8 de janeiro, e morreu na segunda (20) durante um banho de sol no presídio.
Centenas de pessoas, entre parlamentares, advogados, pastores, amigos de Clezão e familiares de outros presos, participaram do ato em solidariedade à morte de Clezão e em busca de justiça.
“A dor da morte foi maior pela injustiça, porque se Clezão tivesse tido a liberdade provisória, isso com certeza não teria acontecido, e ele nem deveria estar preso”, disse a deputada Bia Kicis (PL-DF), em discurso no ato.
Durante os discursos de abertura, foram feitas várias críticas direcionadas “a inércia e omissão” do ministro Alexandre de Moraes, relator do processos do 8 de janeiro, no Supremo Tribunal Federal (STF), e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por não dar andamento aos pedidos de impeachment contra ministros do STF.
Pressionado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nesta quarta-feira (22) a prisão de quatro réus detidos durante os atos do dia 8 de janeiro.
A decisão foi tomada dois dias após o falecimento de um outro detento no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia solicitado a liberdade desses quatro réus entre os meses de agosto e outubro, mas o pedido ainda não havia sido analisado por Moraes, permanecendo na gaveta do ministro.
Os beneficiados por essas decisões são Jaime Junkes, Jairo Costa, Tiago Ferreira e Wellington Firmino.
O mesmo cenário se aplicou a Cleriston Pereira da Cunha, que teve um “mal súbito” na segunda-feira (20) e foi a óbito.
A PGR já havia concordado com um pleito de liberdade apresentado pela defesa de Cleriston há quase três meses, mas não houve pronunciamento de Moraes, que ignorou o pedido durante esse período.