O conjunto de 22 empresas estatais sob a gestão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai fechar 2023 com um rombo de R$ 4,5 bilhões nas contas públicas, R$ 1,5 bilhão a mais do que o previsto pela Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada pelo Congresso no ano passado.
A campeã de perdas neste ano deve ser a Emgepron, Empresa Gerencial de Projetos Navais, ligada ao Ministério da Defesa. A previsão do Tesouro é de um rombo de R$ 3,17 bilhões. Em segundo lugar, a Eletronuclear deve acabar o ano com prejuízo de R$ 2,1 bilhões.
O resultado é maior do que o apurado em 2022, último da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o balanço divulgado na última quarta (22), o aumento no déficit das estatais foi calculado “com base na execução de setembro e na projeção orçamentária efetuada pelas empresas de outubro a dezembro desse exercício conforme elaboração do Programa de Dispêndios Globais de 2023”, justificou a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) no relatório que apresentou o recálculo das despesas (veja na íntegra).
O mesmo balanço recalculou o déficit primário geral neste ano, que passou de R$ 141,4 bilhões para R$ 177,4 bilhões.
O aumento do déficit nas contas das estatais em 2023 contrasta com o apurado nos últimos anos.
Segundo relatórios públicos da SOF, o rombo em 2022 foi de R$ 2,4 bilhões, enquanto que houve um superávit de R$ 2,5 bilhões em 2021.
Fonte: Gazeta do Povo