Por Mises Brasil
Jimmy Donaldson, mais conhecido por seu apelido profissional “Mr. Beast”, ganhou fama — e centenas de milhões de dólares para causas humanitárias — ao alavancar sua plataforma de mídia social.
Ele limpou nossos oceanos, plantou 20 milhões de árvores e combateu a fome alimentando pessoas necessitadas em comunidades nos EUA.
No seu mais recente esforço, Mr. Beast construiu 100 poços na África, levando água potável a cerca de 500.000 pessoas em países como Quênia, Camarões e Zimbabué.
Mas nem todo mundo está feliz com a última campanha de Mr. Beast, ou com seus esforços filantrópicos mais amplos.
Um político queniano disse à CNN que a campanha de Mr. Beast alimentou a percepção de que os países africanos são “dependentes de esmolas”, enquanto o fundador de uma instituição de caridade se queixou de que “uma figura masculina branca com uma plataforma enorme… recebe toda a atenção”.
Embora isso possa soar simplesmente como amargor - e é provável que seja -, as críticas contra Mr. Beast são muito mais amplas do que muitos podem suspeitar.
Durante anos, muitos reclamaram que a estratégia de “filantro-tenimento” de Mr. Beast – combinando filantropia com entretenimento online – é exploradora.
Por exemplo, em fevereiro, quando Mr. Beast fez parceria com uma organização sem fins lucrativos para fornecer cirurgia de restauração da visão – procedimentos pelos quais Mr. Beast pagou pessoalmente –, ele foi acusado de “pornografia de pobreza”.
“… tudo isso a serviço do enriquecimento”, tuitou uma pessoa.
“Ele se preocupa com os pobres e os deficientes porque eles lhe rendem dinheiro”, disse outro.
“Médicos/enfermeiros não exploram a dignidade dos seus pacientes para obter lucro”.
A última palavra é fundamental: lucro.
Os resultados da filantropia de Mr. Beast, que é totalmente voluntária e voltada para o lucro, superam em quilômetros os esforços liderados pelo governo.
E é isso que seus críticos não suportam.