Movidos por interesses diversos, os defensores da censura estão cada vez menos discretos em seus posicionamentos. Entre eles estão desde magistrados e políicos que se sentem ameaçdos pela liberdade de expressão, principalmene nas redes sociais, até grandes grupos de comunicação, que um dia monopolizaram a influência sobre a opinião pública, e que hoje estão com a credibilidade e a audiência em plena decadência.
Para esses agentes, o controle das redes sociais seria uma maneira de mantê-los em um patamar acima das críticas, além de fazer com que se tornem os únicos autorizados a emitir opiniões válidas.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, defendeu, durante discurso ao ato sobre o 8 de Janeiro, nesta segunda-feira (8), a regulamentação das redes sociais como forma de neutralizar a "instrumentalização das redes sociais pelo novo populismo digital extremista". Moraes comparou o uso da internet feito pelos extremistas com os métodos utilizados por nazistas.
“Esse maléfico e novo populismo digital extremista evoluiu na utilização dos mesmos métodos utilizados pelos regimes nazista e fascista do início do século 20”, disse o ministro. Segundo Moraes, “não há razoabilidade em se manter as redes sociais, as big techs, a internet, como terra de ninguém”.
No discurso, o ministro também se referiu aos ataques aos prédios dos Três Poderes como uma “frustrada tentativa do golpe”.
“Todos, absolutamente todos aqueles que compactuaram covardemente com a quebra da democracia e a tentativa de instalação de um estado de exceção serão devidamente investigados, processados e responsabilizados na medida de suas culpabilidades”, emendou.
Em editorial veiculado nesta terça-feira (9), o jornal O Globo defendeu, sem nenhum constrangimento, a ‘regulação urgente’ das redes sociais no Brasil.
Um dos pontos explorados pelo veículos é o advento das eleições municipais de 2024. “Passou da hora de deputados e senadores deixarem de ser reféns das fabulações espalhadas pelas grandes plataformas digitais”, diz o jornal da família Marinho.
Em um dos trechos, é dito que “o mundo on-line é um faroeste. E pelo bem da democracia, isso tem de acabar”.
“As eleições de outubro podem ser as primeiras sob a égide de novas leis para o meio digital. Deputados e senadores não podem mais perder tempo. Quando o Congresso voltar do recesso, essa deve ser uma das prioridades”, defende o editorial.
Com informações do Conexão Política