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Médicos opinam sobre vacinação de crianças contra Covid
Saúde
Publicado em 22/01/2024

Na semana passada (9), o Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou uma consulta aos médicos a respeito da obrigatoriedade das vacinas contra Covid-19 para crianças.

É uma primeira reação da autarquia desde que o Ministério da Saúde anunciou a inclusão dos imunizantes no Programa Nacional de Imunizações (PNI), no último dia 31 de outubro.

O PNI, com meio século de idade, ajudou a colocar o Brasil no mapa da saúde pública mundial e a erradicar a varíola.

Como informou o Instituto Butantan em sua comemoração dos 50 anos do programa, em 1940, a cada mil crianças brasileiras de até cinco anos, 212 morriam, muitas vezes por complicações de doenças infecciosas como sarampo e poliomielite.

Após dez anos do programa, esse número caiu pela metade. Próximo do aniversário de 50 anos, a taxa caiu para 14 em mil crianças.

Em levantamentos históricos de sociedades civilizadas como a Roma Antiga, que floresceram antes do desenvolvimento da ciência médica e das vacinas, a morte levava de um terço a metade das crianças.

A inclusão dos imunizantes para Covid-19 no PNI torna obrigatória essa inoculação a partir dos seis meses de idade.

Pais e responsáveis que se recusarem a vacinar suas crianças podem perder o Bolsa Família, o direito a usar o transporte público e emitir passaporte, e podem ter a matrícula de seus filhos recusada em escolas e creches.

Mas, diferentemente das vacinas já consagradas e que salvaram milhões de crianças no Brasil e no mundo, ainda é necessário estabelecer com maior rigor a relação entre risco e segurança da vacina contra a Covid-19 em crianças. Por isso a consulta do CFM é tão importante.

O CFM declarou que “a opinião dos médicos é fundamental para enriquecer o debate e contribuir para a tomada de decisões futuras”.

A consulta está sendo realizada através de um formulário curto que pode ser preenchido em dois minutos e exige CPF, CRM e estado da inscrição do profissional. O conselho garante que manterá o anonimato dos dados dos respondentes.

Fonte: Gazeta do Povo

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