O líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, prevê que o ano de 2024 deve ter um aumento nas invasões de propriedades privadas por “dificuldades” dos integrantes.
A declaração é uma continuidade às ocupações já previstas ao longo de todo 2023 em que o aliado histórico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrava por mais agilidade na liberação de recursos para a reforma agrária.
Stédile repete a narrativa do MST dita em 2023 de que o governo não avança na pauta do movimento, e que os integrantes acabam tomando medidas por conta própria.
“Se o governo não toma a iniciativa, a crise capitalista continua se aprofundando. O ser humano não é igual ao sapo, que o boi pisa e ele morre sem dizer nada. Vai haver muito mais luta social”, disse o líder em entrevista à Folha de São Paulo publicada nesta segunda (22).
A fala de Stédile ocorre dois dias depois de um grupo de indígenas invadir uma propriedade da Bahia e que levou a um confronto que vitimou uma pessoa e levou dois fazendeiros à prisão.
E também no mesmo dia que o movimento comemora 40 anos de criação, com uma mobilização nas áreas de assentamentos.
O MST chega às quatro décadas de idade com o desafio de fazer a ideologia persistir em um momento de decadência do interesse dos jovens – mesmo os que estão nos acampamentos.
Fonte: Gazeta do Povo