Instaurado em 2021, o inquérito que apura a atuação de milícias digitais nas redes sociais foi prorrogado por mais 90 dias.
A medida estendida atende uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moraes, que é relator, alega apurar divulgação de ‘desinformações’ contra a democracia e às instituições brasileiras durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em setembro do ano passado, o magistrado também prorrogou o inquérito pelo mesmo prazo.
Em outubro de 2023, Moraes incluiu o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 janeiro nas investigações.
O relatório marcou fim dos trabalhos da comissão e indiciou 61 pessoas, entre elas, Bolsonaro.
O material contém 1,3 mil páginas e 7 terabytes de arquivos digitais, incluindo imagens, vídeos e diversos documentos que embasaram os indiciamentos.
O tempo excessivo da investigação, que tramita em sigilo, é o tema do editorial do jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira, 24.
“Só a incompetência ou caprichos justificam a nona prorrogação do inquérito”, afirma o Estadão.
Outro “inquérito infinito” é do das fake news, que vai completar cinco anos em março.
Com informações da Revista Oeste e Conexão Política