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Prisões do 8 de janeiro - Requintes de desumanidade
Cidadania
Publicado em 28/01/2024

“Um dos meus pacientes amarrou uma corda no teto da garagem e afirma que vai usá-la quando a polícia chegar para prendê-lo novamente”, relata a psicanalista Luciane Lober de Souza, em entrevista à Gazeta do Povo.

Segundo ela, o homem tem 43 anos, foi preso durante os atos do 8 de janeiro de 2023 e passou sete meses no Complexo Penitenciário da Papuda.

“Agora lida com Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) e, mesmo apresentando melhora, a corda continua lá”, relata a especialista.

Outra paciente atendida por ela é uma enfermeira de 53 anos, presa em frente ao Quartel-General do Exército de Brasília, que passou dois meses na Penitenciária Feminina do Distrito Federal. “Ela está com depressão profunda, de cama e tentou tirar a própria vida.”

Em apenas duas sessões que teve até esta segunda-feira (23), a paciente relatou diversas humilhações que sofreu desde o momento em que entrou nos ônibus com a promessa de ir para casa até a saída da prisão.

“E uma das situações mais humilhantes que relatou foi o fato de ter desentupido o vaso sanitário da penitenciária com as próprias mãos porque não lhe deram nada para usar”, descreve a psicanalista, ao citar ainda que a mulher chegou a pedir um vermífugo para evitar doenças após a situação, mas foi alvo de deboche. “Ela disse que chorou muito naquele dia.”

Fonte: Gazeta do Povo

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