Por Thiago Cortês
Pouca gente sabe, mas o fundador da psicanálise é desprezado e até odiado por várias lideranças feministas ao longo das décadas.
O motivo é simples: Sigmund Freud acreditava em diferenças biológicas, emocionais e psicológicas profundas e inalteráveis entre homens e mulheres.
Todas as premissas da psicanálise, no campo de estudo do relacionamento entre os sexos, estão fundamentadas na visão de uma natureza humana que traz características naturais e imutáveis.
Ou seja, a psicanálise sob Freud jamais contemplou a ideia tipicamente revolucionária de que a natureza humana não existe e tudo é mera construção social.
Simone de Beavouir não se conformava com o fato de que Freud entendia que mulheres e homens têm papéis sociais distintos para desempenhar, e que isso reflete características da natureza humana.
Em resumo, a psicanálise freudiana não podia ser inatrumentaliada por feministas como Beavouir ou Betty Friedan para sua agenda revolucionária de desconstrução dos papéis sociais.
Apesar de toda a pressão que sofreu de progressistas já na sua época, Freud era categórico sempre que a questão surgia:
Homens e mulheres são diferentes e, portanto, a luta política por uma "igualdade total" entre sexos era apenas mais uma utopia boba.