Enquanto idosos que estavam participando pacificamente dos protestos do 8 de janeiro em Brasilia, foram confundidos de forma equivocada com os que depredavam patrimônio público e condenados a quase 20 anos de prisão, uma outra turma barra pessada, que realmente praticou atos violentos, está se dando bem nos julgamentos a que foram submetidos.
A Justiça do Rio de Janeiro absolveu 23 pessoas acusadas de praticar atos violentos nos protestos de 2013 e 2014, no Rio de Janeiro. A decisão ocorreu em sessão nesta terça-feira, 19, por unanimidade, depois da apelação dos réus. Eles são acusados de participar do grupo black blocs.
De acordo com o portal g1, os réus também foram julgados por formação de quadrilha e corrupção de menores. Em julho de 2019, os black blocs foram condenados em primeira instância a penas que variavam entre cinco anos e dez meses e sete anos de prisão. Eles puderam recorrer em liberdade.
Os réus Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, que foram absolvidos neste processo, respondem a uma outra ação pela morte de um cinegrafista da TV Bandeirantes. Santiago Andrade morreu depois de ser atingido por um artefato enquanto cobria uma manifestação.
O caso de Andrade foi julgado em dezembro do ano passado. Na decisão, Barbosa foi absolvido, e Souza condenado a 12 anos de prisão por lesão corporal seguida de morte. O condenado recorreu da decisão e responde em liberdade.
Entre os réus, Luiz Carlos Rendeiro Júnior teve a punibilidade extinta depois de ser encontrado morto, em 2023. Ele foi encontrado pela namorada, Elisa Quadros Pinto Sanzi. A mulher é conhecida como Sininho e é apontada pela Justiça como uma das líderes dos black blocs.
Fonte: Revista Oeste