O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ensaia mais uma tentativa de aproximação com o agro, enquanto as invasões de terra e ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) geram mais empecilhos nesta relação.
Falas do petista durante a campanha, como quando se referiu a integrantes do setor como “fascistas”, ainda reverberam e a falta de ações consistentes relacionadas ao agro faz com que a barreira cresça.
Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, o MST realizou atos em 23 estados e no Distrito Federal.
Na ocasião foram invadidas quatro sedes de superintendências estaduais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), uma fazenda em Minas Gerais e uma área da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Juazeiro, na Bahia.
Lula e seus ministros não comentaram as ações do MST neste mês de março. Para marcar oposição, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Congresso lançou uma campanha contra invasões em propriedades públicas e privadas.
A possibilidade de mais invasões é considerada devido à insatisfação do movimento com o andamento da reforma agrária no governo Lula e à proximidade do "Abril Vermelho", quando os militantes do MST realizam vários atos pelo país para reforçar as reivindicações do grupo.
Fonte: Gazeta do Povo