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Fake news em Conquista - O escândalo que deu chabu
Cidadania
Publicado em 27/04/2024

Poucos episódios exemplificam tão bem o baixo nível ético a que desceu a política em nosso país, como o ocorrido recentemente em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano.

A urdidura maligna, com as tradicionais pitadas de fanfarronice, distorção da realidade e sensacionalismo, que são peculiares nesse tipo de trama, se deu em relação a um episódio de desvio de recursos da saúde, durante o combate à pandemia de covid.

Esta semana, numa certa manhã nublada de outono, vários blogs da cidade amanheceram estampando ruidosamente a manchete de que a Polícia Federal estava na Secretaria de Saúde do Município, para desbaratar um grande esquema de corrupção.

Na capa da matéria, uma mala de dinheiro aberta, para gerar o clima de que a falcatrua era grande e feia.

Para o leitor mais ingênuo e menos cuidadoso, bastaria visualizar a estampa do pseudo trabalho de reportagem, para se impressionar com o "escândalo" que o aspirante a jornalista tentava produzir a todo custo.

Mas o tiro mal dado, como sempre são os tiros que partem do arsenal das mentiras convenientes, acabou saindo literalmente pela culatra. 

O que seria uma manobra de opositores da prefeitura para desbancar a gestão pública municipal em pleno ano eleitoral, acabou explodindo em forma de verdade inexorável, bem na cara dos patrocinadores.

Em tempos de redes sociais, as mentiras, que já tinham pernas curtas desde antes, agora rastejam e não conseguem se deslocar mais do que alguns poucos palmos. Talvez por isso, a liberdade de expressão na internet tenha tantos adversários.

O monstrengo da desinformação deixou tantas pistas de seus vícios de origem, que logo ficou óbvio para a maior parte da audiência, principalmente para os mais inteligentes, que havia algo de podre no reino da imprensa vendida. 

Tudo começou pela espetacularização da operação promovida pela midiática Polícia Federal, que deslocou várias viaturas e um grande número de agentes até a Secretaria da Saúde, somente para cumprir algumas formalidade burocráticas da investigação. Por que tanta gente envolvida, se não haviam criminosos armados e perigosos e ninguém sairia de lá preso naquela visita protocolar?

Outra pergunta que muitos começaram a fazer: como a imprensa sabia de tudo e já estava lá com seus cliques e perguntas encomendadas?

O jogo começou a virar e o castelo de papelão finalmente começou a ruir, quando o delegado da operação concedeu uma entrevista coletiva e declarou o que quase ninguém ali queria escutar. 

Ele esclareceu que aquela era uma operação que vinha sendo realizada desde a gestão municipal passada, e que a denúncia das irregularidades foi feita por iniciativa do próprio prefeito da época, Herzem Gusmão. 

Resumo da ópera bufa: não havia corrupção 'da prefeitura', e sim 'na prefeitura', e praticada por alguns poucos agentes públicos. A denúncia não foi feita por fonte externa, mas pelo próprio chefe do executivo, que na época encomendou também uma investigação interna. 

Mas como fica a imagem da atual prefeita depois da manchete mal explicada de corrupção e da foto transplantada de outro lugar distante, que mostra uma mala cheia de dinheiro? 

Aos poucos a entrevista do delegado, esclarecendo os pontos obscuros, começou a circular nas redes sociais e a verdade foi se restabelecendo; como sempre acontece, aliás. 

O híbrido de aspirante a jornalista e mercenário do terrorismo jornalístico foi denunciado na delegacia de polícia por seu falso heroísmo remunerado e inglório, e ainda deverá responder a um belo processo na justiça. Neste momento ele deve estar contabilizando as poucas patacas que recebeu para o serviço, e avaliando se realmente valeu a pena trair a verdade e a boa fé do povo, em nome da subserviência ao sistema apodrecido. Descrédito é o seu merecido salário.

Mas nós, que não  somos da liga dos aventureiros, mas somos da lida pelo lado da justiça, sabemos que eles não vão parar por aí. O maior dos desesperos em uma disputa política, é o daqueles que não têm nada de positivo para mostrar sobre si mesmos. Estamos cientes de que eles irão até as últimas consequências para encontrar o chifre inexistente na cabeça do cavalo e assassinar reputações, por mais ilibadas que sejam. 

Mas como dizia Santo Agostinho nos primórdios da era cristã: "A verdade é como um leão, você não precisa cuidar dela, solte que ela se cuida sozinha". 

Estamos atentos para desarmar as bombas no caminho, cortanto com cuidado os fios vermelhos.

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