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O Ser vem de Deus: "Eu sou aquele que sou".
Religião
Publicado em 14/05/2024

Por Henrique Bredda

O homem tem a inteligência para capturar aquilo que É, mas não o de dar o Ser. O homem não define, ao seu gosto, ao seu bel prazer, aquilo que É ou não É, mas pode, com a sua inteligência ('intus', dentro, e 'lĕgo', ler), ler dentro, captar a substância, a natureza das coisas e perceber o que É.

Aristóteles introduziu o conceito de "Ser" como a expressão máxima da realidade e existência. Para ele, o Ser é aquilo que é primariamente, em contraste com o vir-a-ser ou a potencialidade.

Aristóteles desenvolve sua metafísica através de uma investigação das causas e princípios primeiros, identificando o motor imóvel, ou Deus, como a causa primeira e incausada, um ser puro que é ato puro sem potencialidade.

São Tomás de Aquino, retomando e expandindo as ideias aristotélicas, situa Deus como o "Ipsum esse subsistens" – o próprio ato de ser subsistente. Deus não apenas possui o ser, mas é o próprio Ser.

De acordo com São Tomás, os seres humanos estão dotados de inteligência, que lhes permite captar a essência das coisas, isto é, o que elas são. Esta captura não é uma criação ou alteração do Ser, mas um reconhecimento ou descobrimento do Ser que já existe independentemente da mente humana. A inteligência humana, portanto, reflete a luz divina, permitindo ao homem contemplar a ordem e a harmonia da criação.

O Ser vem de Deus, e a capacidade humana de entender esse Ser é um dom divino. No entanto, esse dom carrega uma responsabilidade: a de respeitar a ordem natural das coisas e reconhecer que somente Deus, como o fundamento absoluto do Ser, tem o poder de definir e alterar a essência. Desviar-se dessa compreensão é arriscar-se às maiores desgraças.

O primeiro que disse que o homem poderia dar o Ser, definir o que É foi a serpente: "Sereis como deuses". Ao querer atribuir, dar, mudar o Ser das coisas, inevitavelmente homem flertará com flagelo, o racismo, a degradação e a morte. O homem virtuoso capta o Ser com a sua razão, com o seu intelecto, se maravilha com a criação, e se prosta diante do Criador.

A ordem e o amor acontecem quando a criatura reverencia o Criador e se maravilha diante da beleza da criação.

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