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Católicos por conveniência - Os traidores da fé
Religião
Publicado em 18/05/2024

Os católicos representam 23% da população dos Estados Unidos. Um estudo recente divulgado por Ryan Burge, pesquisador nas áreas de religião e política e professor na Universidade do Leste de Illinois, apontou que o “catolicismo de cafeteria” ou “à la carte” está crescendo no país – em referência a fieis que “escolhem” quais doutrinas da Igreja apoiar, como se consultassem um cardápio, ao invés de segui-las integralmente.

Burge citou dados da Pesquisa Social Geral (GSS, na sigla em inglês, realizada desde 1972 pela Universidade de Chicago) compilados pela Associação de Arquivos de Dados Religiosos (Arda, na sigla em inglês) sobre o apoio de católicos americanos a três práticas condenadas pela Igreja: aborto, pena de morte e eutanásia.

“Minha atenção foi despertada quando alguém postou um vídeo da participação do arcebispo de Washington, Wilton Gregory, no Face the Nation [programa da emissora CBS], algumas semanas atrás.

O arcebispo descreveu o presidente Joe Biden como ‘um católico à la carte’. Sua definição do termo é: ‘[Aquele] que escolhe o que lhe interessa e rejeita o que é desafiador’”, explicou Burge no relatório. Biden se diz católico, mas é defensor do aborto.

Na parte do aborto, o apoio dos católicos americanos ao procedimento varia muito conforme a justificativa, mas fica sempre em patamares altos: de acordo com os dados de 2022, cerca de 50% dos entrevistados consideraram o aborto justificável caso os pais aleguem que não têm condições financeiras de criar mais filhos; 90% concordaram que o procedimento seja feito em caso de riscos à saúde da mãe; aproximadamente 50% consideraram aceitável se o casal não é casado; pouco mais de 80% se a concepção for resultado de estupro e quase a mesma porcentagem caso o feto tenha algum problema grave de saúde; e cerca de 50% caso a mãe não queira ter mais filhos.

Fonte: Gazeta do Povo

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