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Dívida pública - Quem paga somos nós
Economia
Publicado em 20/05/2024

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um déficit nominal que se aproxima dos níveis registrados durante o período mais crítico da pandemia de covid-19. A situação é agravada pelo impacto econômico das enchentes no Rio Grande do Sul, que devem pressionar ainda mais as contas públicas.

Os programas sociais e a suspensão do pagamento da dívida do Estado contribuem para o aumento da dívida bruta do governo, que em março de 2023 representava 75,7% do PIB. E

mbora o Congresso tenha aprovado a exclusão dos gastos emergenciais com o Rio Grande do Sul do cálculo das principais regras fiscais, como o marco fiscal sancionado em agosto de 2023, esses gastos ainda aumentam a dívida pública.

O Boletim Focus, do Banco Central, mostrou que analistas do mercado financeiro elevaram a projeção da dívida pública para 80% do PIB, um aumento em relação à estimativa anterior de 79,75%. Com a recente decisão do Copom de reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, o custo de financiar os juros da dívida deve aumentar.

As projeções para os próximos anos também indicam um aumento contínuo na dívida pública:

2025: de 76% para 76,15% do PIB
2026: de 77,5% para 78% do PIB
2027: de 75% para 76% do PIB

Dados do Banco Central revelam que o déficit nominal do Brasil foi de R$ 998,6 bilhões no acumulado de 12 meses até março. Este valor se aproxima do patamar mais baixo registrado em janeiro de 2021, quando o déficit atingiu R$ 1,016 trilhão.

As enchentes no Rio Grande do Sul têm um impacto significativo nas contas públicas. A exclusão desses gastos das regras fiscais, embora necessária para a resposta emergencial, não impede que eles contribuam para o aumento da dívida pública.

Fonter: Gazeta do Povo

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