Com o governo gastando mais do que arrecada e pagando o maior volume de juros em sete anos, o rombo total das contas públicas brasileiras se aproxima dos recordes atingidos na pandemia de Covid-19. E o quadro tende a se agravar com as despesas de socorro e reconstrução do Rio Grande do Sul.
União, estados, municípios e estatais acumularam, em um ano, déficit nominal de R$ 999 bilhões. Esse foi o saldo das finanças dos governos após o pagamento dos juros da dívida. Os dados, atualizados até março, são do Banco Central.
O valor é ligeiramente mais baixo que o acumulado até fevereiro, de R$ 1,015 trilhão. Ainda assim, muito próximo do déficit nominal recorde de R$ 1,017 trilhão atingido em janeiro de 2021.
Mais de 90% desse rombo de quase R$ 1 trilhão se deve aos resultados de governo federal (déficit nominal de R$ 829 bilhões) e Banco Central (-R$ 87 bilhões).
O restante vem de estados e municípios (-R$ 75 bilhões) e empresas estatais (-R$ 8 bilhões).
Fonte: Gazeta do Povo