Uma nova classe de medicamentos para retardar a progressão do quadro da doença de Alzheimer está prestes a chegar ao mercado. São anticorpos monoclonais — moléculas feitas pela reação de células de defesa imunológica de animais de laboratório a substâncias estranhas.
No caso, a “substância estranha” é a proteína beta-amiloide, que ocorre no cérebro humano.
O acúmulo desta proteína em placas mata os neurônios e é tido como uma das principais causas da doença, caracterizada por demência progressiva e perda de memória.
Uma vez que o anticorpo do medicamento, aplicado em injeção, se liga à beta-amiloide, o sistema imunológico do paciente se põe a trabalhar para a remoção das placas, tornando possível que o freio na progressão chegue a uma parada completa do quadro de piora, dando preciosos anos adicionais de vida lúcida para os afetados, geralmente idosos.
As principais movimentações começaram em julho de 2023, quando a Administração de Alimentos e Drogas (FDA) dos Estados Unidos aprovou o medicamento Leqembi (nome genérico lecanemabe).
O anticorpo, desenvolvido pela farmacêutica japonesa Eisai e sua parceira Biogen, começou este mês a produzir dados adicionais para a FDA no processo que culminará na chegada ao mercado.
Fonte: Gazeta do Povo