Com apoio e articulação do governo Lula, o plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o projeto de lei 914/24, que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover).
O projeto foi aprovado com uma emenda que prevê taxação de produtos importados até US$ 50, que foi incluída na Câmara dos Deputados, para onde o texto voltará para ser analisado novamente, após mudanças no conteúdo.
A mudança afetará empresas varejistas internacionais que vendem pela internet e são populares entre os consumidores brasileiros, como Shopee, AliExpress e Shein.
A emenda que prevê a taxa sobre as importações havia sido retirada do projeto pelo relator da proposta no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), argumentando tratar-se de tema “estranho” ao conteúdo principal do projeto de lei. No entanto, os senadores votaram pela manutenção da taxação no projeto de lei.
Pela legislação atual, produtos importados abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 255) são isentos de imposto de importação.
O relator do projeto na Câmara, deputado Átila Lira (PP-PI), incluiu a taxação de 20% de imposto sobre essas compras internacionais.
Compras dentro desse limite são muito comuns em sites de varejistas estrangeiros.
No entanto, os varejistas pressionaram Brasília pela taxação dessas compras, afirmando que, sem esse tributo, a concorrência é desleal no país.
O senador Jorge Seif (PL-SC) defendeu a aprovação da “taxa das blusinhas”, alíquota de 20% sobre as compras internacionais de até US$ 50, alegando que o imposto “paga” seu salário.
“Tomemos a solução, uma postura de estadistas, de protetores da indústria nacional, do comércio brasileiro, emprego, renda, imposto… Imposto esse que paga o nosso salário, que paga a infraestrutura, que paga a saúde, que paga o MEC [Ministério da Educação]”, afirmou o senador.
Fonte: Conexão Política