O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) terá espaço inédito na destinação de pelo menos R$ 77 bilhões para a agricultura familiar por meio do Plano Safra, do governo federal.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), comandado pelo petista Paulo Teixeira, editou uma portaria em que criou um grupo de trabalho para elaborar o Plano de Safra da Agricultura Familiar 2024/2025. O grupo é composto 19 membros e um deles é integrante do MST. O nome desse representante ainda não foi definido.
Mesmo após as sucessivas votações que buscam limitar a atuação do movimento, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue cedendo espaços ao grupo, que já realizou aproximadamente 30 invasões de terra nos primeiros cinco meses de 2024.
Além do MST, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que também já protagonizou invasões de prédios públicos, participará dos debates.
O Plano Safra é a principal política pública do governo federal para o setor, que define valores de financiamento, taxas de juros e os tamanhos de diversas linhas de crédito voltadas para os produtores rurais. Por isso, integrantes da bancada do agro receberam com críticas a informação sobre a inclusão do MST no grupo de trabalho.
“Na minha visão, ela [portaria] possui irregularidades. O MST nem sequer tem personalidade jurídica. Entregar um orçamento público na mão do MST é um deboche.
Nós estamos apontando uma série de crimes praticados pelos líderes dos sem-terra e agora eles vão definir a destinação de mais de R$ 70 bilhões”, pontuou o deputado Luciano Zucco (PL-RS), que foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, em 2023.
Fonte: Gazeta do Povo