Além de sofrer uma série de derrotas em votações no Congresso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gerou novas crises nos últimos dias.
A desconfiança do mercado financeiro em relação à situação fiscal aumentou e houve um duro embate com os principais setores produtivos devido à medida provisória (MP) para elevar a carga tributária, devolvida ao Executivo e apelidada de “MP do Fim do Mundo”.
Para piorar a maré de notícias negativas, a Polícia Federal (PF) indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), em razão de desvios de verbas públicas por meio de emendas parlamentares.
O cenário, reconhecem os próprios negociadores do Palácio do Planalto no Legislativo, representa o pior momento do terceiro mandato de Lula. Esse cenário é um grande fator de pressão por mudanças na condução política.
José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, cobrou durante reunião interna do PT “comando político mais estrategicamente centralizado” na relação com a sociedade, parlamentares, estados e municípios.
Nesta terça-feira (11), durante encontro virtual da Construindo um Novo Brasil, principal corrente do partido, ele revelou que, para defender pautas do governo, toca a liderança “com a faca no pescoço”.
Em relato revelado pelo jornal Folha de São Paulo nesta quinta-feira (13), Guimarães afirmou ainda não haver comprometimento do União Brasil, do PSD e do MDB, partidos que integram a base de apoio parlamentar ao Executivo no Legislativo, com a entrega de votos em plenário, o que explicaria resultados desastrosos colhidos nas últimas semanas.
Fonte: Gazeta do Povo