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Urnas eletrônicas - Uma caixa de mistérios
Cidadania
Publicado em 18/06/2024

Por mais que algumas autoridades constiutidas insistam no argumento de que as eleições no Brasil são transparentes, a verdade é que somente especialistas em tecnologia da informática conseguem compreender o que se passa dentro das urnas eletrônicas entre o voto e a apuração. 

O eleitor comum tem que se conformar com o resultados divulgado após o pleito, sob pena de ser enquadrado como criminoso, se ousar levantar a mínima suspeita sobre os procedimentos. 

Esta semana, mais uma mudança foi feita no mecanismo interno das tais "urnas inexpugnáveis". A explicação dada, mais uma vez, passa longe da capacidade  de  compreensão da maioria da população do país, que por direito constitucional, deveria ter acesso transparente aos mecanismos de votação e apuração. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez uma alteração no código-fonte das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições municipais deste ano a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU), que realizou uma inspeção na semana passada.

De acordo com o anúncio, o código incorporou uma camada extra de validação na etapa de totalização dos votos. A alteração foi pedida após uma equipe de especialistas em tecnologia da informação da própria CGU fazer uma inspeção minuciosa do sistema.

Durante a última semana, entre os dias 10 e 14, a equipe do desenvolvedor Everton Ramos inspecionou o sistema eletrônico das urnas em um procedimento que durou cerca de 35 horas.

“Era uma camada extra de validação na etapa de totalização dos votos. Já havia muitas etapas de validação, mas percebemos que essa validação dos hashes [resumos digitais] dos arquivos dos dados utilizados na totalização reforçava aquela etapa”, explicou Ramos.

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