Nesta segunda-feira (17), ao presidir a sessão de debates no Senado sobre o procedimento de assistolia fetal - método utilizado para o aborto após 22 semanas de gestação - o senador pró-vida, Eduardo Girão (Novo-CE), foi surpreendido por uma decisão da TV Senado que proibiu a transmissão de um vídeo que mostrava como se dá o procedimento.
Contrariado com a decisão da TV, o senador Eduardo Girão disse que “não pode mostrar [o vídeo], mas pode matar [os bebês]”. Após a crítica à TV, Girão disse que isso serve para mostrar as “máscaras caindo”.
Segundo o comunicado enviado pela TV à presidência da sessão, a preocupação seria com a “preservação da imagem, pois o bebê poderia ser identificado”.
A censura ocorreu durante a fala do relator da Resolução no Conselho Federal de Medicina (CFM) que proibiu a assistolia fetal, o médico Raphael Câmara. O vídeo foi exibido para quem estava presencialmente na sessão, mas não foi transmitido para os telespectadores do TV Senado.
O debate no Senado acontece após a aprovação da urgência do PL 1904/24 na Câmara dos Deputados.
A apresentação do projeto foi uma reação a uma ação do PSOL que conseguiu uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para suspender a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que impedia a assistolia fetal.
Fonte: Gazeta do Povo