Por J. R. Guzzo/Revista Oeste
A democracia tem lugar para todos, menos para os que são contra a democracia’, determinou o presidente do STF em sua última encíclica, desta vez proclamada na Universidade de Oxford.
É a alma soviética que hoje inspira a nossa ‘suprema corte’, como se costuma dizer. ‘Os que são contra a democracia’ são os que discordam das decisões da junta de governo STF-Lula — não podem, portanto, ter a proteção da lei, pois, na doutrina oficial ora vigente, vão ‘usar’ os seus direitos constitucionais para fazer política, ganhar eleições e acabar com a democracia quando chegarem ao governo.
Há diversos casos, nos últimos anos, em que a direita ganhou a eleição e foi para o governo — inclusive aqui mesmo, no Brasil, em 2018.
Não há nenhum caso em que tenha criado uma ditadura depois de eleita.
Mas é aí que está: esse é um raciocínio de direita e, portanto, antidemocrático. Argumento, numa democracia-modelo como a que o STF inventou para o Brasil, só se for autorizado pelo ministro Barroso e seus pares no Comissariado.