Por Mises Brasil
A economia moderna está em péssima forma. Mas a educação econômica parece estar ainda pior. Em vez de acabar com mal-entendidos econômicos e bobagens descaradas, a educação econômica aparentemente fornece aos alunos uma justificativa pseudocientífica para suas ilusões.
Duas dessas ideias são irritantemente comuns. Uma delas é a visão de que os mercados só podem funcionar em perfeitas condições. A outra é que o crescimento econômico exige que os lucros tendam a zero.
Sim, elas são ridículas, mas são tão comumente defendidas (e acreditadas tão fortemente) que sugerem um fracasso fundamental da educação econômica.
Que os alunos tenham dificuldade em entender o uso e o valor dos modelos, e possam tirar conclusões erradas ao estudar as forças do mercado em abstrato, é lamentável, mas compreensível.
É dever do instrutor de economia garantir que os alunos não tenham ideias erradas – que eles voltem para casa com uma compreensão maior de como as economias e os mercados funcionam. A educação, afinal, deve ser esclarecedora e proporcionar ao aluno novos conhecimentos.
Mas, de alguma forma, a educação econômica falha em comunicar o fato óbvio de que os mercados resolvem problemas, não que eles exijam que todos os problemas já tenham sido resolvidos. E que o crescimento econômico é a criação de novo valor, não a ausência de criação desse valor.
O fracasso da educação econômica não é apenas o uso improdutivo do tempo de instrutores e alunos. Como os exemplos acima mostram, é de fato destrutivo – os estudantes de economia têm as ideias erradas e, portanto, se formam com menos (e não mais) compreensão de como os mercados e as economias funcionam.