De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina foi vendido, em média, a R$ 6,13, na semana que vai de 14 a 20 de julho.
Após duas semanas seguidas de aumento, o litro do combustível atingiu o maior valor desde o início do governo Lula e, pela primeira vez desde setembro de 2023, o preço ficou acima dos R$ 6.
Os dados foram divulgados pela ANP nesta quarta-feira (24) na pesquisa semanal de combustíveis.
Na semana anterior, o litro da gasolina havia subido R$ 0,12 sendo vendido a R$ 5,97, em média. Agora, o litro do combustível sofreu aumento de R$ 0,16.
Segundo levantamento da ANP, a gasolina é vendida, em média, a R$ 7,24, no Acre. O estado registrou o maior preço do país.
O menor valor por litro foi registrado no Amapá, com a gasolina sendo vendida a R$ 5,69, em média.
A alta do litro da gasolina em relação ao período anterior foi de 2,68%. O etanol teve uma alta de 3,03% e é negociado, em média, a R$ 4,08, o litro. A alta do diesel foi de 0,17%, com o litro sendo comercializado a R$ 5,95, em média.
O ciclo de alta é consequência do reajuste promovido pela Petrobras em suas refinarias no início deste mês.
Este é o primeiro reajuste sobre o preço da gasolina sob a gestão da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard. O último aumento da gasolina foi em agosto de 2023. A estatal também reajustou o preço do gás de cozinha (GLP).
Depois de 26 meses de bandeira verde, sem cobrança extra na conta de luz, este mês de julho foi de bandeira amarela, já com adicional tarifário.
Para os próximos meses, especialistas acreditam que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tende a manter o adicional ou mesmo elevá-lo, passando para a bandeira vermelha. A expectativa é de que a Aneel anuncie nesta sexta-feira (26) a bandeira válida para o mês de agosto.
A cobrança extra se deve ao volume de água abaixo do ideal nos reservatórios das hidrelétricas e à expectativa de que não haja grande melhora até o fim do ano. A previsão de chuvas até dezembro é abaixo da média histórica – em torno de 50%, segundo a Aneel. Essas usinas costumam responder 70% da geração de energia no país.
As classificações por cores variam conforme o custo do sistema para substituir a energia hidrelétrica, com o aumento da geração térmica, que é mais cara.
A bandeira amarela, em vigor atualmente, determina um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. Com isso, uma conta de luz de R$ 100 passa para R$ 102,60. A bandeira vermelha se divide em patamar 1, cujo valor extra é de R$ 4,46 a cada 100 kWh, e patamar 2, com adicional de R$ 7,88.
“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, disse a Aneel ao acionar a bandeira amarela para julho.
A Ampere Consultoria recomenda cautela para o segundo semestre. Em relatório que analisa a tendência de comportamento das bandeiras nos próximos meses, a empresa prevê que a bandeira vermelha 1 deve ser acionada em setembro e a 2 em outubro e dezembro, ficando amarela em novembro.
Na visão da consultoria, a bandeira verde, sem taxas extras, voltará somente em 2025.
Fonte: Gazeta do Povo