Por Flávio Gordon/Gazeta do Povo
Diante desse desdobramento iminente, já previsto por quem se manteve atento à evolução da ditadura imposta por Alexandre de Moraes, Lula e seus camaradas no Brasil, resolvi fazer uma retrospectiva da minha luta particular contra a censura, que se confundiu com a de outros tantos brasileiros com princípios e valores inegociáveis.
Numa homenagem póstuma ao X, a rede social que concentrou todo o debate político e cultural no Brasil ao longo da última década, e que justamente por isso está sendo alvo da covardia dos tiranos, resolvi pinçar alguns dos meus tuítes sobre o assunto, começando no ano de 2018.
Em 17 de maio de 2018, tuitei: “Censura no Facebook: só a esquerda vai determinar o que é fake news”.
Nessa mesma data, também opinei que “o compartilhamento de notícias falsas é um risco inerente à liberdade de expressão. A alternativa é o controle e a censura prévia, onde só notícias ‘verdadeiras’ (ou seja, aprovadas oficialmente pelo comitê de salvação pública) serão permitidas”.
Comentário que foi acrescido das hashtags “Internet Livre” e “Censura Nunca Mais”.
Ainda em 17 de maio de 2018, eu retruquei o jornalista Ricardo Setti, que havia se indignado com críticas às autoproclamadas “agências de checagem”.
Segundo o jornalista, só mesmo criadores de “fake news” poderiam se opor ao nobre trabalho de “checar fatos” e “expor o banditismo” de disseminadores de fake news.
Minha resposta foi a seguinte: “Prezado Ricardo Setti, talvez você ainda não tenha tido tempo de verificar o perfil ideológico e a atuação dessas agências. A iniciativa é perigosa e autoritária, pois desconfia da capacidade do público e, com o pretexto de sanear o debate, o que faz na prática é censura prévia”.