Por Mises Brasil
É comum ouvir de jornalistas, especialistas e políticos uma convocação para a 'melhoria da educação'. Dizem que o futuro do Brasil começa na escola e que são necessárias mais políticas educacionais.
No livro "Educação: Livre e Obrigatória", disponível para download gratuito em nosso site, Murray Rothbard demonstra o perigo existente por trás destas ideias.
Em primeiro lugar, "é claramente absurdo limitar o termo 'educação' a um tipo de escolaridade formal". Rothbard inicia a primeira parte de seu livro discutindo o desenvolvimento e a diversidade dos seres humanos, os tipos de instrução e a responsabilidade pela educação das crianças.
Adicionalmente, Rothbard apresenta a sua defesa da não-intervenção do estado na educação, apontando a diferença entre uma educação obrigatória e uma educação livre.
É imperativo investigar a origem da escolarização obrigatória no Brasil. O absolutismo ilustrado do Marquês de Pombal possui muito em comum com o despotismo esclarecido prussiano.
A história de como o tema da educação foi tratado pelas inúmeras constituições, após a independência de Portugal, demonstra claramente como as crianças deixaram de ser responsabilidade da família e passaram a se tornar propriedade do estado.
No atual cenário brasileiro, vemos outros usos político-ideológicos, como a obrigatoriedade de determinados conteúdos. O controle do MEC sobre currículos, programas e instituições privadas, bem como a implantação de avaliações nacionais, não é algo recente, pois remonta ao Ministério do Interior da Prússia.
Deste modo, reproduzimos no século XXI um modelo de gestão política da educação próximo ao modelo do estado mais despótico da história da Europa.