Maior expoente da esquerda nas eleições municipais deste ano, Guilherme Boulos (PSOL) não foi o único entre os candidatos de partidos fora da polarização a sair derrotado em 2024.
Além do próprio PSOL, o PSTU, o PCB, o PCO e o UP terminaram a disputa sem conquistar nenhuma prefeitura entre as 29 legendas que se lançaram aos cargos.
Das cinco siglas que não obtiveram nenhuma prefeitura, o PSOL apresentou o maior número de candidatos, somando 210, seguido pelo PCO com 43, PSTU com 37, UP com 22 e PCB com 9.
A única chance restante para o PSOL estava nas eleições de segundo turno em São Paulo e Petrópolis (RJ). Mas, com os resultados desfavoráveis, o partido e seus aliados só poderão tentar novamente nas eleições de 2028.
Em São Paulo, com 95,31% das urnas apuradas, Boulos obteve 40,51% dos votos, enquanto o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) garantiu 59,49%, sendo reeleito. Em Petrópolis, Yuri Moura ficou com 25,30% dos votos, perdendo para Hingo Hammes (PP), que obteve 74,70% com 98,75% das urnas apuradas.
O PSOL era o único dos cinco partidos ainda com candidaturas ativas no segundo turno, mas mesmo assim não alcançou as prefeituras.
Apesar de não ter eleito nenhum prefeito, o PSOL faz parte da federação partidária com a Rede Sustentabilidade, que conquistou quatro prefeituras ainda no primeiro turno.
As federações, que estrearam nas eleições deste ano, operam como uma única organização partidária e podem apoiar qualquer candidato, desde que mantenham a união por pelo menos quatro anos, segundo as novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Já em relação aos vereadores, apenas o Psol elegeu representantes para as câmaras municipais: foram 80 candidatos que ganharam espaço nas cidades brasileiras.
Fonte: Gazeta do Povo