Investigações da Polícia Civil de São Paulo começam a revelar um esquema que movimentou cerca de R$ 8 bilhões envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC) com o banco digital 4TBank, uma espécie de fintech usada, segundo a polícia, para promover financiamentos de políticos e campanhas eleitorais neste ano, além de esquentar dinheiro vindo de ações ilegais e retroalimentar o crime organizado.
A Gazeta do Povo procurou a fintech, mas até a publicação desta reportagem os representantes da empresa não haviam se pronunciado. O espaço segue aberto.
PT e Psol querem o impeachment de Tarcísio de Freitas por fala sobre o PCC. No último dia da campanha eleitoral deste ano, na data do segundo turno das eleições, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que encaminharia ao Ministério Público cartas atribuídas à organização criminosa orientando familiares de faccionados a votarem em Guilherme Boulos (Psol) à prefeitura de São Paulo.
Vale destacar, no entanto, que a investigação em curso envolvendo a fintech ligada à organização criminosa não tem relações com a denúncia feita por Tarcísio de Freitas, nem evidências de financiamentos do PCC à campanha de Boulos.
Parte dos candidatos supostamente financiados pela facção está ligada a partidos de centro e prioritariamente em cargos de vereadores.
O esquema bilionário envolvendo o banco do PCC começou a ser desvendado há um ano e não tinha como foco original essa investigação.
Em agosto de 2023, a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes (SP) se debruçou para apurar possíveis financiamentos de políticos e campanhas no estado após a prisão, por tráfico de drogas, de uma mulher suspeita de integrar o PCC.
Fonte: Gazeta do Povo