As eleições municipais de 2024 se mostraram um terreno árido para partidos de esquerda e extrema extrema, e o PSOL, maior expoente da ala progressista alternativa neste pleito, saiu sem conquistar nenhuma prefeitura.
Guilherme Boulos, a principal aposta da sigla, perdeu a corrida pela prefeitura de São Paulo para o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi reeleito com 59,49% dos votos.
Boulos, que externava confiança em vencer, viu suas chances se esgotarem, assim como o partido em Petrópolis (RJ), onde Yuri Moura obteve apenas 25,30% contra 74,70% de Hingo Hammes (PP).
Além do PSOL, siglas como PSTU, PCB, PCO e UP também ficaram sem representação municipal entre as dezenas de legendas que participaram das eleições.
Dentre esses partidos, o PSOL foi quem apresentou o maior número de candidatos (210), mas ainda assim não conquistou nenhuma prefeitura.
A única vitória indireta foi a da Rede Sustentabilidade, sua aliada na federação partidária, que conseguiu eleger ao menos quatro prefeitos no primeiro turno.
Com essa federação partidária — uma novidade nas eleições de 2024 —, o PSOL e a Rede atuaram como um bloco único, mas as vitórias da Rede não foram suficientes para estender a influência da esquerda alternativa no cenário político municipal.
As federações, reguladas pelo TSE, exigem que os partidos atuem de forma conjunta por ao menos quatro anos, oferecendo uma estratégia de fortalecimento.
Contudo, com a derrota nas eleições deste ano, o PSOL e seus aliados terão de esperar até 2028 para tentar uma nova inserção nas prefeituras.
Fonte: Conexão Política