A agenda ‘woke’ — conjunto de ideias voltadas a uma alegada conscientização sobre justiça social, igualdade racial, de gênero e outras formas de inclusão, e significa ‘acordado’ ou ‘conscientes#’ — surgiu na cultura afro-americana nas décadas de 1930 e 1960, mas ganhou força com o movimento ‘Black Lives Matter’ em 2014, ampliando-se para causas como direitos LGBTQIA+ e feminismo.
Nos últimos anos, porém, essa onda vem perdendo força. Críticos consideram o movimento ‘wole’ uma nova forma de autoritarismo, que restringe a liberdade de expressão e gera divisões sociais ao impor um padrão rígido de correção política. Diversas empresas globais têm abandonado suas iniciativas progressistas.
Em paralelo, o movimento conservador tem se fortalecido, atraindo eleitores e simpatizantes de várias idades, sobretudo os jovens. Ao contrário do que se via anos atrás, a esquerda tem perdido espaço em várias regiões do mundo.
Nos Estados Unidos, o avanço da direita é nítido, com jovens que antes se alinhavam com pautas progressistas agora se voltando para o conservadorismo.
Na Argentina, o fenômeno é igualmente visível entre a juventude, enquanto países da América Central, como El Salvador, também registram um aumento da influência conservadora. Na União Europeia, há um claro distanciamento da esquerda tradicional.
Agora, diante das eleições americanas, ficou confirmada a adesão da ‘Geração Z’ ao movimento MAGA, com um engajamento explosivo nas redes sociais — marcado por vídeos, danças e sinalizações com bandeiras dos EUA e do Partido Republicano.
Embora pareça uma tendência recente, essa guinada à direita já vem se consolidando há alguns anos, indicando que não é apenas uma moda passageira, mas sim uma nova configuração de ‘lifestyle’ que vai além de rótulos momentâneos, mas ‘ressuscitando’ valores profundamente enraizados em lares e comunidades cristãs.
“O que parece estar acontecendo é o ressurgimento de valores que estavam adormecidos, mas que, diante da má gestão dos democratas e do fracasso das agendas progressistas, voltaram com força total na América — e, ao que tudo indica, para ficar”, avalia o cientista político João Santos.
Fonte: Conexão Política