Coação de eleitores, ameaças, extorsões e até impedimento de atos políticos de candidatos opositores: um outro lado da campanha eleitoral foi exposto no pleito de 2024, com o crime organizado tentando ditar regras e interferir nos votos em diversas regiões.
Foi o que aconteceu em Santa Quitéria, no interior do Ceará: investigações evidenciaram o plano de uma facção para influenciar no resultado do pleito.
“Não se descarta a possibilidade de (o suspeito) atentar contra a vida de um candidato. Só que houve um trabalho de inteligência e ele foi preso”, afirma o procurador de Justiça do Ministério Público do Ceará Emmanuel Girão.
A detenção ocorreu em outubro - o homem seria do Comando Vermelho, facção criminosa com base no Rio de Janeiro, e estaria agindo desde agosto para que o candidato apoiado pelo grupo vencesse o pleito.
O plano foi desmantelado por uma operação integrada envolvendo forças de segurança pública, promotores eleitorais e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público. “Houve um trabalho de cooperação, um trabalho de inteligência”, diz Girão.
Fonte: Gazeta do Povo