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Explosões em Brasília - Guerra de Narrativas
Política Nacional
Publicado em 15/11/2024

As explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira (13) geraram impacto imediato no cenário político nacional, ainda profundamente polarizado. O primeiro reflexo dos fatos foi o início de uma agitada guerra de narrativas.

Parlamentares e apoiadores da esquerda descrevem o incidente como ato terrorista e consequência de incitações contra as instituições democráticas, enquanto representantes da direita apontam ausência de vínculos entre seus membros e o autor das explosões, tratando-o como um “lobo solitário”.

No âmbito do STF, o episódio deve fortalecer seu endurecimento contra críticos, revelado nas condenações de réus do 8 de janeiro. A movimentação também deve afetar o andamento de propostas legislativas de anistia aos condenados e ampliar a repercussão mundial das tensões entre os poderes.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta (14) que as duas explosões registradas na noite de quarta (13) em frente à sede da Corte não foram fatos isolados, e considerou que houve uma nova tentativa de ataque semelhante aos atos de 8 de janeiro de 2023.

Moraes será o relator na Corte do inquérito aberto pela Polícia Federal para apurar as explosões que tiveram, ainda, uma terceira ocorrência no estacionamento do anexo quatro da Câmara dos Deputados.

“O que ocorreu ontem [quarta, 13] não é um fato isolado do contexto. [...] É um contexto que se iniciou lá atrás quando o famoso ‘gabinete do ódio’ começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF principalmente, contra a autonomia do Judiciário e contra os ministros e familiares de cada um”, disse Moraes durante um evento em Brasília.

Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e parte da esquerda aliada a ele veem indícios de motivação política nas explosões registradas na noite desta quarta (13) próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional.

O principal deles mais ligado a Lula, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), afirmou que “os ataques às instituições são ataques à democracia e ao povo brasileiro”.

“Cada vez mais, a defesa da democracia, o combate à intolerância e à politica de ódio que contaminou setores da sociedade se tornam fundamentais. Não podemos, em hipótese nenhuma, naturalizar atos antidemocráticos”, disse.

Ele emendou afirmando que “vamos seguir trabalhando pela reconstrução do nosso país e pela união do povo brasileiro, todos aqueles que forem contra isso, serão derrotados mais uma vez”.

Posicionamento semelhante foi feito pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que ainda fez uma referência aos atos de 8 de janeiro de 2023 sobre as explosões desta quarta (13).

Fonte: Gazeta do Povo

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