Editorial/Aliança Brasil BR
Que existem algumas dúzias de imbecis totalitaristas retrógrados que formaram uma quadrilha organizada para assumir o poder no país, já não é novidade para nenhum cidadão de bem do Brasil.
Chegamos a tal nível de corrupção e de indecência em nossa sociedade, que não houve um só veículo da grande imprensa, que saísse em defesa das 1.200 pessoas confinadas em um ginásio de esportes em Brasília, simplesmente porque participavam de um protesto contra um governo ilegítimo.
Ali, entre os que foram presos e classificados descaradamente de extremistas, haviam idosos, trabalhadores e até crianças e adolescentes, segundo relatos de algumas testemunhas.
Foram arrebanhados, como gado, e levados para uma quadra de esportes, onde ficaram amontoados sem condições básicas de alimentação e higiene, como só se viu até hoje nos gulags soviéticos e nos campos de concentração nazistas.
Quem ama sua família, se dedica ao seu trabalho com reponsabilidade e honestidade e acredita nos valores seculares que mantiveram a nossa sociedade firme e saudável, na medida do possível, não pode simplesmente tocar a vida em frente e fingir que nada de anormal está acontecendo.
Diante dessa realidade, já estabelecida em nosso país, alguns desses que não estão com a visão confundida pela propaganda dos farsantes, simplesmente ficam deprimidos e se sentindo impotentes. Outros se revoltam intimamente, mas não vão além de um xingamento nas redes sociais.
Há também aqueles que vão às ruas protestar pacificamente para tentar mudar a situação. Porém, quando tudo parece não surtir efeito, aparecem os desesperados que agem por instinto, atacando e quebrando tudo que tenha a marca do inimigo da lei e da ordem que usurpou o poder. Aqui entra o paradóxo: o indivíduo transgride a lei, pelo desespero de ter a lei e a ordem de volta.
Vejam quantas instituições poderiam ter entrado em ação a tempo para evitar que a situação chegasse a esse nível: Ministério Público, OAB, Congresso Nacional, Forças Armadas, imprensa; todos comprometidos com o sistema da fraude e da usurpação dos poderes, que alguns cidadãos iludidos insistem em dizer que não existe. São como aqueles que negam a existência do sol, porque o excesso de claridade impede que eles enxerguem o círculo solar.
Porém, mais triste e doloroso do que a omissão e a traição de qualquer instituição pública, é observar que uma parcela significativa da sociedade está aplaudindo e até incentivando as medidas totalitaristas que estão sendo aplicadas contra o povo de bem do nosso país.
Sim! Não adianta torcer o nariz! Povo de bem do nosso país! Isso mesmo! É exatamente isso que eles são! Se você tem alguma dúvida a respeito de quem são essas pessoas, pesquise a ficha de cada um. Você vai encontrar microempresários, professores, profisssionais liberais, agricultores, religiosos e outros tantos que matêm a nossa estrutura de nação de pé.
É muito pouco provável que você encontre entre eles alguém com uma única passagem na polícia. São pessoas honestas e trabalhadoras, desarmadas e inofensivas, que agora estão sendo tratadas como terroristas.
Quanto aos que nas últimas horas inundaram as redes sociais com o slogan "SEM ANISTIA", se referindo a esses brasileiros que foram amontoados e humilhados em uma quadra da Polícia Federal. Quanto aos agentes públicos covardes que concordaram em cumprir essas ordens absurdas de um governo tirânico; se não são capazes de perceber o risco dessa escalada pelos exemplos passados registrados na história, terão um triste encontro com a realidade nua e crua em um futuro não muito distante.
Vai sobrar pra todo mundo; inclusive pra eles. Pra eles que, em muitos casos, tiveram a educação e o sustento pagos por esses que agora são chamados de "terroristas", que trabalharam duro para que tivessem uma chance na vida, para que logo depois um professor doutrinador qualquer os convencesse a ficar contra a própria família.
Tem uma turma em ação, que leva a maldade ainda mais longe. Eles sugerem que, quem tiver imagens dos protestos, encaminhe para as autoridades policiais a serviço dos perseguidores de plantão, para que sejam identificados os rostos dos participantes. Para quem não sabe, isso foi o que aconteceu na Alemanha, logo depois da instalação do regime nazista.
Portanto, não se trata mais de ser de esquerda ou de direita, de ser contra ou a favor de tal político. A coisa ganhou contornos muito mais graves e devemos todos rapidamente ficar do mesmo lado contra um inimigo comum: aquele que está manobrando com sucesso, pelo fim das nossas liberdades.
